01/07/2019 11h15 - Atualizado em02/07/2019 09h51

Concurso Arranca Unha recebe um grande público em noite da final

A classificação da noite foi: Meu Sertão (149,7); Século XX (149,5); Xodó da Vila (146,3); Pioneiros da Roça (146,1); Peneirou Xerém (146); Encanto do Matuto (144) e Carcará (138)

Foto: Alícia Mendes/Ascom

Com uma tradição de mais de 30 anos, o Concurso Arranca Unha é sucesso em mais uma edição. Na noite do último domingo (30), o Centro de Criatividade foi completamente tomado pelo público que vibrou junto com os quadrilheiros a cada apresentação na disputada final. Em todos os lugares, famílias inteiras torciam para suas quadrilhas favoritas e crianças vestidas a caráter seguiam os passos dos brincantes que exalavam tremenda euforia.

Aplaudida de pé, a quadrilha Meu Sertão, de Riachuelo, recebeu o primeiro lugar. O grupo encantou a todos com o seu tema “Feitos na roça: uma história de amor, fé e tradição”, a sua animação e interatividade. “É inexplicável essa emoção! É uma premiação histórica e temos certeza que vai contribuir bastante com a nossa jornada e com a cultura popular sergipana”, reconhece a presidente da quadrilha, Maria Vaneide dos Santos. A classificação da noite foi: Meu Sertão (149,7); Século XX (149,5); Xodó da Vila (146,3); Pioneiros da Roça (146,1); Peneirou Xerém (146); Encanto do Matuto (144) e Carcará (138).

A diretora-presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe, Conceição Vieira, prestigiou o evento que foi aplaudido e elogiado pelos presentes. “Todas as quadrilhas estão de parabéns pelo belíssimo trabalho. O Governo de Sergipe está empenhado em incentivar essa tradição do nosso Sergipe tão rico em diversidade cultural”, enfatiza. A presidente participou da entrega dos prêmios e presenciou a euforia coletiva do grupo vencedor que tomou todo o palco.

O encanto foi tamanho sendo possível observar entre o público, pessoas que se emocionavam a cada apresentação. A sergipana e antiga integrante de quadrilhas, Izaura Silva Santos, 67, foi uma delas. A quadrilheira aposentada não conseguiu segurar a emoção. “Eu já fiz parte de tudo isso, eu sei o que é sentir toda essa vibração do público e dançar maravilhosamente o som da nossa terra. Eu fico triste em saber que a tradição está se enfraquecendo cada vez mais, porém me alegra em ver que aqui ela ainda vive”, confessa.

Jurada há nove anos do concurso, a professora e pesquisadora de dança e arte, Carolina Natureza, destaca a beleza do trabalho dos quadrilheiros este ano. “A final sempre é muito acirrada. São trabalhos magníficos que vêm sendo feitos por pessoas que estão todos os dias trabalhando, ensaiando e criando um espetáculo para apresentar à sociedade o que há de melhor em nossa cultura junina”, frisa a jurada deslumbrada com o empenho de todos os grupos.