16/06/2018 08h00 - Atualizado em18/06/2018 04h34

Aperipê e Instituto Banese lançam CD inédito de Clemilda em Aracaju

Foto: Diego DiSouza

Embaixo de uma lona de circo, cercado por amigos, familiares e artistas parceiros, foi apresentado ao público o último trabalho deixado pela cantora Clemilda. Com 14 faixas inéditas, o CD “Clemilda para sempre”, virou uma realidade nesta sexta-feira, 15, em evento animado e colorido, bem ao estilo da irreverente cantora que nos deixou em 2014. A iniciativa da Fundação Aperipê em parceria com o Instituto Banese já está nas mãos dos sergipanos.

Diversos nomes consagrados da música sergipana compareceram ao evento, que ocorreu no estacionamento do Museu da Gente Sergipana. O sanfoneiro Erivaldo de Carira prestigiou e deu uma “canjinha”, além de seu testemunho. “Eu que saía de Carira, há muitos anos quando começou o programa Forró no Asfalto para gravar na TV Aperipê ao lado de Clemilda, fiquei muito feliz em ter sido convidado para este momento. Essa figura é imortal, ela não morreu”, disse o artista.

O show de lançamento que foi comandado pela Rural do Forró com Bob Lelis, que recebeu diversos convidados homenageando Clemilda. A cantora Joseane dy Josa foi mais uma delas. Além de cantar, nos deu seu relato: “eu fui batizada por Clemilda como “garota sapeca”. Que fogo é esse, menina? Ela me perguntava”, disse a filha de Josa, o Vaqueiro do Sertão.

Para o diretor-presidente da Fundap, Givaldo Ricardo, o evento foi o sucesso que ele esperava quando batalhou para lançar a gravação de Clemilda, que tinha sido apresentada a ele por Moisés, o produtor da artista durante muitos anos, que foi também o responsável por guardar uma cópia deste material, agora conhecido do grande público.

“Para nós que fazemos a Fundação Aperipê de Sergipe é uma honra chegarmos a esse momento, que é um capítulo da história da Aperipê. Clemilda é a história da Aperipê contada em música, verso e humor. Trazer esse CD, numa parceria com o Instituto Banese, é uma emoção. Agradeço a família da cantora, ao Robertinho e a Telma, que entenderam a importância dessa obra gravada em 2010 e que estava num estúdio em São Paulo, que tivemos dificuldade em localizar. Depois tivemos a informação que havia uma cópia em Sergipe em condições de ser pós-produzida. Com o luxo de ter na sanfona Dominguinhos, sendo uma das ultimas obras produzidas por ele, e Mestrinho que hoje é um dos maiores instrumentistas de Sergipe. Então agradeço a vocês, ao Instituto Banese, pela obra esta aí e será entregue gratuitamente à população”, disse.

O filho da grande homenageada da noite, Robertinho dos 8 Baixos, considerou toda a iniciativa como um grande presente. “Esse resgate é para Sergipe e para os forrozeiros, foi uma coisa boa para a gente, a cantora da nossa terra Clemilda que é adorada por todos e esse resgate bonito é de emocionar o nosso coração. Parabéns a Fundação Aperipê, ao Instituto Banese, eu como filho só tenho a agradecer”, declarou.